terça-feira, agosto 31, 2010

Repito...

Eu sei que me repito, já o post de ontem foi uma prova típica disso. Também sei que há gente que não tem paciência nem interesse de ouvir essas mesmas coisas sobre o meu amor e por isso, tanto que queria falar até publicamente dos meus sentimentos, tenho evitado esse tema. Só que às vezes a saudade bate forte demais, como ontem. E se eu não falar sobre ele, não quer dizer que algo mudou. Felizmente ainda posso dizer com um sorriso enorme que continuo apaixonada por meu marido e assim quero ficar. Amo demais esse homem.

Mas agora não quis falar sobre isso, porém sobre... trabalho! Não, trabalho não, mas pessoas... o jeito de algumas pessoas comunicarem. E por outro lado: deixarem de comunicar. Sim, tem pessoas que nem cumprimentam quando lhes digo um bom dia ou um oi. É irritante. Eu também não gosto de todo mundo, mas as coisas (de trabalho) é uma coisa e as coisas "pessoais" já é outra. No trabalho não se devia levar as coisas para o lado pessoal. O problema é que por falta de comunicação (pelo menos) o meu trabalho fica bem mais difícil. Quem sabe esse é o objetivo deles...

Outra coisa sobre a "comunicação": também ainda há pessoas que escrevem tudo em maiúsculo, e/ou usam vários pontos de interrogação/exlamação. Parece que estão com muita raiva mesmo e sinto nervosa ao ler essas mensagens (porém procuro responder com toda a calma).

Pronto, falei, e acho que já tinha falado antes, mas foi preciso repetir.

Desejo um ótimo dia para todos, beijinhos!

Verdade, tinha escrito mais ou menos a mesma coisa aqui.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Saudade

Simplesmente: quando mais queria falar com meu amor, por um motivo ou outro não consigo.
E nem o motivo tem importância, tanto faz se é por causa do fuso horário, uma ligação lamentável, celular desligado ou "fora da área", ou por ele estar ocupado. Seja o motivo qualquer um, perco a paciência, fico com tanta vontade de falar com ele que dói e não sei como esperar mais um tempinho. Mesmo que no momento de finalmente conseguir falar já não tivesse nada para dizer, só aquele "te amo e estou morta de saudades" de sempre. Realmente a maioria das vezes é só isso, é o que importa, o que sinto, o que dói no meu estômago, o que me faz tensa. Claro que muitas vezes a saudade faz que nem consigo falar o que quero; tanto que tenho para dizer, mas depois deixo tudo isso de lado. Só queria sentir o abraço dele. "Só" isso.

É o que a saudade, a vontade de sentir outra pessoa perto e/ou o amor faz.

domingo, agosto 29, 2010

Duas minis

Prometi falar um pouco mais sobre cerveja. Sobre a cultura de tomar cerveja, sobre a cultura de beber.

Como sabemos, no Brasil se toma cerveja bem gelada, ou seja: até estupidamente gelada. A temperatura da geladeira costuma ser uns -4...-5 graus. Assim está boa, se gostar de cerveja. Pois a cerveja brasileira (prefiro Skol, sempre) é fácil de beber (quando servida bem gelada, claro).
Tanto que se fala do chopp, muito mais se toma nas garrafas grandes (600 ml) e dividir na mesa. Pois ninguém está lá sozinho(a) (referindo ao meu post anterior, generalizando como
sempre). Até eu acho que bebem muito, sem ninguém ficar bêbado :) Eu ficaria, se bebesse como eles, podem crer!

Quem quiser tomar alguma bebida alcoólica que não seja cerveja, do ponto de vista finlandês já fica um pouco mais complicado, mas sempre há uns drinques (caipirinhas, caipivodkas e tal). Quer tomar vinho? É normal encontrar vinho nacional mesmo nos butecos simples. Sim, vinho nacional. Vinho tinto "suave", eu diria: muito doce, e como sempre digo: "suco de uva". Não tem nada a ver com um bom vinho. Mas se tomar cerveja e refrigerante cansa, e não quer tomar cachaça (porque é forte), o que resta?

Voltamos à cerveja! Tenho um outro exemplo: Portugal, onde também passei uns bons dias de férias para relembrar das coisas boas de lá, para sentir essa cultura perto. Pois apesar de estar bem mais "perto" do Brasil neste momento por causa do casamento, ainda sinto muito forte por Lisboa; continuo a amar essa cidade e me sinto muito bem lá. Sempre adoro voltar e espero que ainda tenha essa(s) oportunidade(s) no (próximo) futuro. Depois de ter passado uns 15 dias no Brasil, quase sem tomar um bom vinho, foi tudo de bom tomar vinhos nacionais (portugueses) lá. Tenho uns bares favoritos no Bairro Alto, dos quais hoje tenho o prazer de mencionar o Bairrus Bodega por causa de bons vinhos e pessoal (Natália, Andreia e Patrícia) nota dez. Obrigada mais uma vez por tudo!

Os portugueses, quando saem pros copos, preferem tomar cerveja (pelo menos assim me parece, como uma turista). Ou lá no Bairro Alto talvez sangria, caipirinhas e mojitos que neste verão se venderam nas canecas de meio litro com um preço bem razoável, então "virou moda".


Em Portugal antes se tomava imperial, como chopp no Brasil. Além dos turistas norte-europeus, quase não se vê alguém tomar uma cerveja maior, tipo caneca. Ainda se toma imperial, mas o que está fazendo sucesso é uma mini. Super Bock Mini ou Sagres Mini.
Como fiquei observando muito os clientes da Bairrus Bodega (que é um bar de vinhos!), entendi que a maioria dos portugueses pediram minis, normalmente "duas minis" (outra para um(a) amigo(a)).
Nos dois casos, do Brasil e de Portugal, se pode ver uma questão económica: dividindo se gasta menos e tomando só uma mini também se pode pensar que não gasta muito (se tomar uma só, claro).

Aqui no fim do mundo provavelmente se pensa (se se pensa em dinheiro quando beber?) que tomando uma caneca maior, se poupa dinheiro :) Este ano apareceram nos supermercados latas de um litro, mas acho que os finlandeses tomam essas também sozinhos na sauna, sem dividir com os outros, rs. Sim, cerveja faz parte essencial da sauna também!
Aqui se toma de tudo, e até cair. O consumo de cerveja é enorme, mas também o consumo de vinho deve ter aumentado bastante (não tenho fatos agora). Também tomamos bastante lonkero e cidra, com vários sabores. E ainda temos fama de beber vodka, então alguém deve encher a cara de vodka ainda nas sextas e sábados. Faz parte da cultura :)


Domingos

Então já se foi a primeira semana de trabalho depois das férias. Até que correu sem maior estresse, e na quinta-feira tivemos um jantar bem divertido (com colegas de trabalho) num restaurante finlandês chamado Savotta.
Também voltei à academia (depois de meses!) e tenho certeza que isso me faz bem, como sempre fez.

Mas quando chegou a sexta-feira, já começou a aparecer essa saudade, esse sentido de solidão, dias livres sem marido aqui comigo. Sim, a gente se fala todos os dias, várias vezes por dia, e estamos muito bem... mas o pior para mim é o domingo.

Hoje acordei bem tarde, só me levantei depois do meio-dia (pouco normal no meu caso), mas tinha dormido mal; acordei toda hora, tive muitos sonhos estranhos, tentei ligar para ele num horário menos comum (e por isso nem consegui falar direito com ele). Então este domingo só pode ser ruim para mim. Ainda bem que passei uma boa parte do dia dormindo :) Agora é só tentar ocupar o tempo para não ficar tristinha. O tempo aqui deixa a desejar, 10 graus e nublado/chuvoso... já falei que o verão durou pouco, né? Bem, vou ver se consigo sair pra academia, ou fico em casa com um livro mesmo.

Quanto aos domingos em geral, já deu para entender que quase sempre passo os meus domingos sozinha em casa? Menos normal do ponto de vista "latino", né? Ou até aqui no fim do mundo, sei lá. Mas ("como uma boa finlandesa") prefiro não atrapalhar os amigos que querem ficar com os namorados/maridos/famílias... Sinceramente, nem tento ter companhia, mesmo que saiba que me faria muito bem nestes momentos de maior saudade.

Como escrevi ano passado, o domingo aqui é muito parado, não tem mesmo muito para onde "sair". Em vez de sair para beber no buteco, (se não tiver ressaca) finlandês vai fazer uma boa caminhada/corrida ou vai à academia... e essas coisas não são assim coisas "sociais", se faz ou sozinha ou com um(a) amigo(a)/companheiro(a).

E aí já vem a cultura de beber... aqui é raro beber no domingo de dia. Eu também senti muito incomodada em tomar cerveja no Brasil antes do meio-dia ou um pouco depois, eu realmente gostaria de fazer algo "mais saudável". (Nem gosto tanto de cerveja.) Aqui a cultura é tomar todas nas noites de sexta e sábado. Isso sim é "normal", mas quem beber durante o dia de domingo já deve ser considerado como um alcoólico. É, esta sociedade também é ilógica... Eu que prefiro tomar vinho qualquer dia (=noite) com jantar ao tomar todas no sábado. Claro que já fiz muito isso também (como uma boa finlandesa, rs), mas não é meu "objetivo".

Hoje já entendo melhor as perguntas (que antes estranhei) dos meus amigos brasileiros: "sério que você vai à academia no domingo?". Agora vejo que isso não é nada de típico no Brasil. Mas a minha resposta sempre era (e pode continuar a ser): "Sim, no domingo é que tenho tempo para isso, nem sempre tenho tempo e energia durante a semana, nos dias de trabalho".
Claro que nem sempre é assim, mas na teoria :)

Bem, agora espero os seus comentários também! Como costuma ser o seu domingo? É mais para tomar cerveja no boteco/na praia, fica em casa com a família ou com um grupo de amigos ou fica sozinho(a) a ler/assistir tv, ou gosta de aproveitar o dia de jeito saudável praticando esportes?

Beijos e já volto a escrever sobre os temas: leitura e cerveja :)


terça-feira, agosto 24, 2010

O que é bom, dura pouco


Meus queridos,

Sei, sumi... tive muitos pensamentos durante as férias que não consegui escrever na hora; muitos momentos maravilhosos, muito amor, muita felicidade, alguns momentos confusos comigo mesma, dias de sol e praia em Lisboa, carinho do meu marido, frio e vento em BH, conversas boas, vinho, boa comida, leitura, diferenças "culturais" engraçadas que queria lhes contar (e outras que todo mundo sabe, mas mesmo assim continuam diferenças enormes!)... Mas só posso dizer que sou muito feliz. Sou feliz ao lado do meu marido. Sou feliz pela vida que tenho, pelos momentos que já vivi (nestas férias e antes), pelo futuro (de qual não sei nada mesmo, rs), pelas pessoas que fazem parte da minha vida.

Adorei este verão. Foi um pouco sofrido, porque a maioria do tempo estava longe do meu amor (como neste momento também, mas por enquanto estou mais relaxada), mas foi um verão verdadeiro mesmo assim, com calor, sol, uma boa corzinha na minha pele (é, esse é o meu (talvez único) lado vaidoso).


Só que o verão já se foi. Mal voltei de férias e aqui no fim do mundo já chove e faz frio, e se nota como os dias estão bem mais curtos. Foi bom enquanto durou, mas poderia ter durado um pouquinho mais, hein!? O que é bom sempre dura pouco, mas ainda bem que temos as lembranças, como também as novas coisas boas estão à nossa espera.

Bem, mesmo assim, agora temos um inverno longo para suportar... ai que medo. Como dá vontade de fugir, fugir dessa realidade. Não, ainda não estou me mudando pro Brasil, depois contarei mais sobre isso. Mas não se preocupem, o nosso casamento vai bem, estamos felizes e "pacientes"/realistas. Acredito que é para dar certo e se houver tanto amor como há agora, vai dar...

Eu aqui vou tentar voltar às minhas rotinas; fazer bem o meu trabalho, voltar a academia que tanto adoro, comer e dormir bem. Coisas básicas, mas essenciais para se sentir bem e para não ficar louca, para não morrer de saudades.

É só isso - para mim sempre o fim das férias é um tipo de novo começo, como para algumas pessoas é o ano novo (com as promessas de ano novo). É que eu costumo pensar muito na vida durante as férias. Às vezes volto ainda mais confusa, às vezes encontro um bom rumo pra minha vida.

Ah, como é bom escrever esta bobagem toda! Saudades de vocês, viu!

Beijos e até mais - vou tentar escrever mais "detalhes" esta semana ainda.